Segmento Meeting Industry recua no Algarve

25 10 2010

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Apresentado o Algarve Meeting Industry Market Survey 2010

11 10 2010

Pelo segundo ano consecutivo a ILM Advisory e a Associação de Turismo do Algarve desenvolvem em parceria uma análise à performance do produto estratégico Turismo de Negócio, denominada Algarve Meeting Industry Market Survey 2010.

A sessão de apresentação do estudo contou com a presença de Nuno Aires, Presidente da Associação de Turismo do Algarve, bem como outras personalidades do Turismo nacional, ficando a apresentação dos resultados do a cargo de Andrew Coutts e Gonçalo Garcia da ILM Advisory, entidade parceira no desenvolvimento desta iniciativa.

Para Nuno Aires, as conclusões do estudo a apresentar vão permitir “compreender melhor as alterações sofridas no âmbito do produto turístico estratégico MI, e o seu desempenho a nível regional”. Nuno Aires ressalta ainda que “a colaboração e apport das diversas entidades e especialistas, que forneceram importante informação, consubstanciou a pesquisa e análise de mercado efectuada pela ILM, que se traduz numa importante ferramenta de consulta e trabalho para as empresas do sector e para o Turismo do Algarve, face aos resultados e indicadores apresentados, que são em boa medida aquilo que seria expectável face à concorrência e à retracção no investimento.”

Num momento em que o turismo sofre profundas alterações ao nível da oferta, da procura e dos canais de distribuição, as implicações são óbvias em matéria do circuito de comercialização. A actual conjuntura económica, obriga a que sejamos cada vez mais empreendedores, criativos e inovadores, para fazer face à nova procura de mercado, competitivo por natureza. Segundo o Presidente da Associação de Turismo do Algarve “torna-se imperioso que tenhamos a noção exacta de onde nos situamos, para que possamos definir a estratégia de abordagem a um segmento de mercado tão importante como seja o MI”.

Sendo o Meeting Industry (MI), tendencialmente, um dos produtos do PENT (Plano Estratégico Nacional do Turismo), que mais contribui para o esbatimento da sazonalidade, apresentando um forte potencial de crescimento, quando confrontados com uma quebra, face a anos anteriores, fruto da desaceleração económica que obrigou as empresas a reduzir drasticamente os custos em incentivos, acções de marketing empresarial, e outras actividades corporativas organizadas em destinos turísticos como o Algarve, é obrigatório avaliar a situação, para agir assertivamente.

O estudo a apresentar vem dar continuidade ao trabalho iniciado no ano transacto com a realização da primeira monitorização do segmento Meeting Industry no Algarve.

Como principais conclusões, salienta-se o surgimento moderado de novas instalações para a exploração do segmento Meeting Industry com localização nos concelhos identificados pelos DMC’s nacionais – aquando da realização do Algarve Meeting Industry Market Survey 2009 – como regiões com elevado potencial para a exploração do segmento, e a inexistência de uma mudança significativa no perfil do consumidor assim como nas motivações e critérios de decisão pelo destino Algarve, face à análise efectuada anteriormente.

A indústria farmacêutica manteve a sua predominância, em termos de sector de actividade que mais recorre ao consumo de produtos Meeting Industry, seguido da “Banca e Seguros”.

No comparativo anual assistiu-se a uma redistribuição da dimensão dos grupos, tendo os grupos de maior dimensão dado lugar a grupos de dimensões mais reduzidas, observando-se de forma transversal o aumento no número de grupos de menores dimensões, seguindo uma vez mais a tendência mundial instalada para grupos de menores dimensões.

O estudo analisa ainda variáveis como a nacionalidade, a distribuição, sazonalidade, motivações, duração dos eventos, preços médios praticados, % do segmento MI no volume total de negócios e concorrência.
Algarve Meeting Industry Market Survey 2010





Meetings Industry nacional está mais competitiva

18 11 2009

Embora ainda a dar os primeiros passos enquanto segmento estruturado, é justo afirmar-se que a Meetings Industry nacional – vulgo MI – parece estar no bom caminho. De uma forma geral, todas as regiões portuguesas e respectivos Convention Bureau e ARPT’s, as entidades públicas e privadas e os diversos players deste segmento, encaram a MI como um motor de desenvolvimento das economias regionais, e ao mesmo tempo um alvo de negócio rentável.

Tudo isto é assumido porque a MI é efectivamente um “fruto apetecido”, um produto altamente estratégico, seja para combater a sazonalidade de alguns destinos nacionais, seja para aumentar a notoriedade destes.

O nosso País tem, aliás, dado provas que não está nada mal neste segmento, e apresenta-se como mais competitivo em relação aos concorrentes. No ranking mundial da ICCA (International Congress & Congress and Convention Association) relativo a 2008, por exemplo, Portugal mantém o 15º lugar (o mesmo que em 2007), com um total de 145 eventos internacionais organizados. Os 145 eventos que tiveram lugar no nosso País no ano passado distribuíram‐se da seguinte forma pelo território nacional: 83 em Lisboa, 38 no Porto, 9 no Estoril, 8 no Funchal e 7 em Coimbra. A cidade de Lisboa (sendo a que representa a maioria da procura existente e a que tem maior visibilidade internacional), desceu quatro posições, ocupando actualmente o 10ª lugar ao ter organizado 83 eventos, segundo a ICCA. Note-se que o Porto neste mesmo ranking subiu da 56ª para a 39ª posição.

No relatório “Algarve Meeting Industry Market Survey”, a consultora ILM começa por fazer uma contextualização da MI em Portugal e cita um outro estudo que concluiu que o crescimento deste sector a nível nacional tem igualmente vindo a registar taxas de crescimento superiores às verificadas a nível mundial (8,4% contra 3,3%). Em 2006, a Organização Mundial do Turismo previu que num período de 10 anos, ou seja que em 2016, o volume de negócios gerado pelo segmento MI em Portugal poderia atingir um valor igual a 3.7 mil milhões de euros. Um estudo levado a cabo pela EIBTM e a The Right Solution Limited (”The Mood of the Market European Meetings Industry”), colocou Portugal na nona posição dos destinos mais utilizados para a organização de eventos durante o ano de 2008. A nível internacional, Portugal é também visto como um destino para viagens de incentivo, e não tanto como um destino para viagens corporate. Em abono da verdade, a Meetings Industry de Portugal está cada vez mais competitiva e é cada vez mais “o fruto apetecido”, não só ao nível nacional mas também internacional.

(Download) Algarve Meeting Industry Survey